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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Neurofisiologia da bexiga neurogênica

    É possível avaliar como a função da bexiga está alterada na lesão medular através de impulsos nervosos que provém da bexiga, quando estes não podem mais passar de ida e volta para o cérebro permitindo a identificação de que a bexiga está cheia e precisa ser esvaziada. Há dois tipos gerais de disfunção da bexiga que podem ocorrer dependendo do nível da lesão. Porque existem variações pessoais, é preciso fazer alguns testes para diagnosticar qual é o tipo particular afetado de bexiga. De uma forma geral os tipos de disfunção de bexiga são os seguites: 



Bexiga Neurogênica Motora Superior (Bexiga Reflexa ou Espástica ou hiperativa)


    Nesta condição, a bexiga tende a reter volumes urinários menores do que antes da LM. Assim como outros músculos do corpo apresentam espasmos involuntários os músculos da bexiga também apresentam o mesmo. O resultado é que o individuo poderá ter frequentes e incontroláveis eliminações de urina. Esta tipo de bexiga é comum na maior parte das LM acima do nível sacral.6 A bexiga reflexa pode encher e esvaziar sem controle e com graus variáveis de “alerta”, pois ela contrai e esvazia por reflexo, ou seja, involuntariamente. (3) 



Bexiga Neurogênica Motora Inferior (Bexiga arreflexa Flácida ou hipoativa)


    Neste tipo, a musculatura da bexiga perdeu a habilidade de se contrair e pode ser facilmente distendida e por isso, grandes volumes de urina podem ficar retidos na bexiga. Porque a musculatura não pode se contrair a urina deixará a bexiga apenas quando estiver super distendida (cheia além do limite). Este tipo de bexiga é comum quando a LM afeta o nível sacral da medula dorsal (lesão da cauda equina). Normalmente, a bexiga hipoativa é decorrente da interrupção dos nervos que a inervam. (6) 

    Os sintomas variam de acordo como o fato de a bexiga ser hipoativa ou hiperativa. Como a bexiga arreflexa comumente não chega a esvaziar, ela dilata até tornar-se muito volumosa. Este aumento de volume geralmente é indolor, pois a bexiga expande lentamente e possui pouca ou nenhuma atividade nervosa local. Algumas vezes, a bexiga permanece dilatada, mas, constantemente, ela deixa escapar uma pequena quantidade de urina (incontinência por transbordamento). A urina transbordará da bexiga como um copo que está demasiadamente cheio de água.6 As infecções vesicais são comuns em indivíduos com bexiga arreflexa, pois o acúmulo de urina residual na bexiga cria as condições que estimulam o crescimento bacteriano. Pode ocorrer formação de cálculos na bexiga, sobretudo quando o indivíduo apresenta uma infecção crônica da bexiga que exige uma sonda de demora, pois o uso da sonda contribui para o desenvolvimento de infecções. Os sintomas de uma infecção da bexiga podem variar, dependendo do grau de atividade nervosa que resta. (3) 

    Frequentemente, a lesão medular inicialmente faz com que a bexiga torne-se flácida durante dias, semanas ou meses (a fase de choque). Posteriormente, a bexiga torna-se hiperativa e esvazia sem controle voluntário. Na bexiga hiperativa, geralmente os reflexos osteotendinosos são exaltados. Quando existe uma bexiga arreflexa ou reflexa, a pressão e o refluxo de urina da bexiga através dos ureteres pode lesar os rins. Nos indivíduos com lesão medular, a contração da bexiga e o relaxamento do esfíncter vesical podem não estar coordenados e, consequentemente, a pressão na bexiga permanece elevada e não permite que a urina saia dos rins. (3) 

    Portanto a bexiga neurogênica pode ser hipoativa, nos casos de lesão nervosa periférica ou da medula sacral, isto é, o órgão é incapaz de contrair (não contrátil) e é incapaz de esvaziar adequadamente, ou pode ser hiperativa (espástica) também conhecida como reflexiva ou automática, comumente é decorrente da interrupção do controle normal da bexiga pela medula espinhal cervical ou torácica, esvaziando por reflexos incontroláveis. (3)












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